No seu aniversário de quinze anos, a Pequena Sereia recebeu um presente muito
especial: podia subir à superfície do mar. Nadou feliz até a beira da
praia.
Por lá passeava um belo príncipe e a Pequena Sereia se apaixonou
por ele assim que o viu.
- Deves esquecê-lo, és uma sereia, não uma
mulher. Disse seu pai quando soube.
Mas a Pequena Sereia não podia
esquecer o príncipe, e foi falar com a bruxa das águas, pedir que lhe desse
pernas.
- Se é isso que queres, o terás em troca de tua voz. Mas se não
conseguires casar com o príncipe, morrerás.
A sereia aceitou, tomou a
poção mágica que a bruxa lhe deu, e caiu desmaiada.
O jovem príncipe
encontrou a sereia na praia. Ficou maravilhado com sua beleza e levou-a consigo
para o palácio.
A Pequena Sereia e o príncipe tornaram-se amigos. Porém,
como ela não tinha voz, não podia contar-lhe a sua história.
O príncipe
estava comprometido com uma princesa e eles iriam casar. Quando a sereia soube,
sentiu uma profunda dor.
Certa noite, a Pequena Sereia chorava sua triste
sorte à beira do mar, quando apareceram as suas amigas para
consolá-la.
Ofereceram-lhe um punhal para que matasse o príncipe. Assim,
poderia voltar a ser uma sereia. A Pequena Sereia aproximou-se da cama do
príncipe com o punhal, mas não teve coragem de matá-lo e jogou a arma no
mar.
Chegou o dia do casamento, que foi celebrado num navio. Os
convidados dançaram felizes e alheios ao terrível destino de Pequena
Sereia.
A pobre sereia, muda e sozinha, jogou-se na água, conformada em
transformar-se em espuma do mar.
Ainda que tudo parecesse perdido, a
sereia não morreu. Ela tornou-se uma deusa dos mares.
Por ser valente e
generosa, a Pequena Sereia foi recompensada. Desde então, passeia pelos mares do
mundo protegendo os casais apaixonados.
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